Claudio Taborda (Foto: Eder B. Martins) |
Por Rodrigo Becker
O nome de Cerquilho também acelera nas pistas de
automobilismo. E chega até 220 km/h.
De Cerquilho para as pistas de corridas, Claudio
Taborda, se prepara para a temporada 2020 da Fórmula Inter.
Claudio, 38 anos, paulistano de nascimento, morando
em Cerquilho desde os quatro anos. Advogado, formado pela Faculdade de Direito
de Itu, com pós-graduação em Planejamento e Gestão de Trânsito. Advogado,
seminarista de trânsito e Diretor da Diretoria Municipal de Trânsito de
Cerquilho.
Entre tantos trabalhos, família e amigos, em 2019,
Claudio, começou a ter a experiência nas pistas da Fórmula Inter.
Piloto desde os nove anos dirigindo Kart, Claudio se aproximou da Fórmula Inter, onde teve a oportunidade de
fazer diversos testes e uma corrida emocionante ao extremo em novembro 2019,
terminando em 4º lugar a menos de 1 segundo do 3º colocado. Fazendo uma baita estréia.
O calendário 2020 da Fórmula Inter, ainda não foi definido. Mas, Claudio segue trabalhando duro, para fazer uma grande temporada.
O calendário 2020 da Fórmula Inter, ainda não foi definido. Mas, Claudio segue trabalhando duro, para fazer uma grande temporada.
Em uma entrevista exclusiva para o site Cerquilho Esportes, Claudio falou
sobre sua carreira de piloto; Confira:
Qual a velocidade máxima do carro na
fórmula Inter?
Claudio: Aproximadamente 220 Km/h.
Sem contar que normalmente quando fazemos isso estamos há aproximadamente 1
metro do muro de concreto da reta Emerson Fittipaldi, na aproximação do “S do
Senna”.
O nome da sua equipe na fórmula Inter?
Claudio: A Fórmula Inter é uma
categoria de um único dono razão pela qual não há equipes nomeadas. Entretanto,
para a temporada 2020 a pretensão é de que cada piloto nomeie uma equipe para
seu carro.
Suas principais conquistas nas corridas?
Claudio: Como 2019 foi meu ano de estréia na Fórmula Inter,
e fiz apenas uma corrida – embora tenha andado junto à categoria por oito meses
– creio que o 4º lugar conseguido é um baita resultado.
Locais das corridas e como funciona a
pontuação para chegar ao título?
Claudio: Em 2019 as corridas foram
realizadas em rodadas duplas (dois treinos livres, duas qualificações e duas
corridas por final de semana de evento), em um total de 10 etapas, totalizando
20 corridas no ano. A maioria delas foram em Interlagos, mas tivemos também a
etapa do VeloCittà – em Mogi Guaçu e havia a previsão de corrida em Cascavel.
Para 2020 a previsão da categoria é correr em São Paulo, Goiânia, Londrina,
Porto Alegre, Cascavel, tendo ainda uma etapa internacional em Rafaela, na
Argentina.
Como e quando a vontade de virar piloto e competir, entrou na sua vida?
Claudio: A
Vontade de ser piloto existe em mim desde criança. Meu primeiro carrinho de
pedal foi um F1 Lotus Preto. Eu deveria ter uns três anos. Mas ela aflorou
demais depois que meu pai me levou para andar de kart pela primeira vez, eu
tinha uns 9 anos e na minha primeira corrida fiz a pole e o melhor tempo. Não
ganhei a corrida por me envolver em um acidente com um retardatário.
Em que ano
você competiu pela primeira vez na fórmula Inter? E como foi sua
experiência?
Claudio: Meu
debut foi em 2019 no circuito do VeloCittà
e foi a experiência mais intensa e uma das mais emocionantes da minha vida.
Creio que só perca para o nascimento dos meus filhos.
Como foi sua
temporada 2019?
Claudio: 2019
foi uma temporada excelente e de muito aprendizado. Tive a oportunidade de
entrar pela primeira vez em um carro de corridas projetado e construído no
Brasil, com muita aderência, força de frenagem e uma aceleração absurdamente
forte. Foi uma temporada com não tanto tempo de pista em corrida, mas muito
tempo em auto desenvolvimento e aprendizado profissional como piloto e creio
que isso seja mais que suficiente para começar forte na temporada de 2020 que
se avizinha.
Qual a
sensação de está pilotando e poder chegar a 220 km por hora?
Claudio: Para
quem a vida inteira sonhou em estar ali, num carro de corrida, querendo ir cada
vez mais rápido e frear cada vez mais no limite, é a realização de um sonho. É
literalmente o viver aquilo que se deseja. É uma sensação incrível de vida. Já
dizia o saudoso Nikki Lauda: “Quanto mais
perto se está da morte, mas vivo a gente se sente”.
Como é sua
preparação, treinos, concentração para as corridas?
Claudio: Apesar de estar há quase três meses distante da academia por ordem médica (retornarei agora em janeiro), a frequência de treinos de todas as formas é intensa. Antes da parada com os exercícios por conta de uma forte dor no ombro, eu treinava de manhã na Level Fitness (uma das minhas parceiras no projeto) a parte muscular. A noite fazia MuayThay na Beast. Uma vez por semana – normalmente aos sábados – vou para São Paulo em um centro de treinamento de pilotos chamado Pilotech, onde faço exercícios Psico-Físicos e simulador, normalmente com uma carga horária diária de aproximadamente 7 horas. Às vezes mais.
Claudio: Apesar de estar há quase três meses distante da academia por ordem médica (retornarei agora em janeiro), a frequência de treinos de todas as formas é intensa. Antes da parada com os exercícios por conta de uma forte dor no ombro, eu treinava de manhã na Level Fitness (uma das minhas parceiras no projeto) a parte muscular. A noite fazia MuayThay na Beast. Uma vez por semana – normalmente aos sábados – vou para São Paulo em um centro de treinamento de pilotos chamado Pilotech, onde faço exercícios Psico-Físicos e simulador, normalmente com uma carga horária diária de aproximadamente 7 horas. Às vezes mais.
Quais as
principais dificuldades pra chegar onde você chegou?
Claudio: O
automobilismo é um esporte maravilhoso e temos muita tradição nele, mas
infelizmente depois da morte do Ayrton Senna, uma parte das pessoas parece ter
se desapaixonado por ele – mesmo que ainda tenhamos excelentes pilotos em
diversas categorias. Hoje, a principal dificuldade de qualquer piloto do
esporte a motor é conseguir os patrocinadores, que são essenciais para que o
piloto garanta um lugar na temporada que pretende disputar. Para mim não é
diferente. O maior desafio é trazer parceiros comerciais para o projeto, mesmo
sendo uma plataforma sensacional e diferenciada de divulgação das marcas dos
apoiadores.
Deixe uma
mensagem para quem gosta e tem vontade de virar piloto de corridas.
Claudio: Nunca
desista. Creio que não deva existir sentimento mais frustrante ao final da
vida, do que olhar para trás e perceber que existe um sonho que não foi vivido.
Não é fácil. Nunca será. Mas se é o seu sonho, dê tudo o que existe dentro de
ti para alcançá-lo. Uma amiga uma vez me falou uma frase que creio que resume
isso tudo: “Sonho é coisa séria!”.
Claudio
agradece seus apoiadores: “É importante demais para mim, agradecer as empresas que, de alguma
forma, fazem ou fizeram parte desse projeto desde o seu início: FASTERNET;
Viação CALVIP; Grupo Sanson; Usina Santa Maria; Thelo's Restaurante; Destilaria
Primos Zanardo; CATO Seguros, Level Fitness, Colégio Anglo Cerquilho, Transdex
Transportes e Vendrali Sports . Sem eles, esse sonho não teria começado a ganhar forma, tampouco
estaria sendo continuado”.
Parabéns e boa sorte, Claudio!
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